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porto velho, sábado 21 de dezembro de 2024
MUNDO- A polícia de Los Angeles investiga acusações de uma mulher que afirma ter sido assediada sexualmente pelo cineasta franco-polonês Roman Polanski em 1975. Na época, a denunciante tinha apenas 10 anos de idade.
De acordo com informações da Associated Press, a acusação já prescreveu, mas os detetives podem usar as evidências que encontrem para ajudar a esclarecer outros casos que envolvem o diretor.
Em outubro, a artista californiana Marianne Barnard disse ao tabloide britânico "The Sun" que foi assediada por Polanski durante uma sessão de fotos, em que o cineasta a retratou sem roupa.
Os advogados do diretor argumentaram que a investigação "mostrará que a história não possui fundamento algum".
Em agosto, outra mulher, identificada como Robin M., denunciou Polanski por abuso. O caso teria acontecido em 1973, quando ela era uma adolescente de 16 anos.
Foi a terceira mulher a denunciar abusos pelo diretor, depois das revelações de Charlotte Lewis em 2010 e Samantha Geimer em 1977, caso em que Polanski se declarou culpado, embora tenha fugido para a Europa antes de ser condenado.
Polanski, agora com 84 anos, apresentou em fevereiro uma série de documentos para retornar aos Estados Unidos e fechar o caso sem precisar ser preso, mas um juiz de Los Angeles rejeitou sua proposta em abril.
Em 1977, o diretor, então com 43 anos, drogou e obrigou Samantha Geimer, de 13, a manter relações sexuais depois de uma sessão fotográfica, crime pelo qual foi detido.
Polanski se declarou culpado e ficou 42 dias na prisão, mas foi libertado após pagamento de fiança. Diante do temor de voltar a ser preso para cumprir uma sentença mais severa, fugiu dos Estados Unidos no final de 1978.
O cineasta argumentou, sobre a fuga, que chegou a um acordo com as autoridades para cumprir apenas 48 dias de prisão, mas que escapou do país porque o juiz Laurence Rittenband pretendia impor uma sentença mais dura do que o combinado.