O tribunal exibiu imagens de vídeos gravados logo após o ataque, mostrando transeuntes em pânico e um corpo no chão depois que o caminhão terminou seu trajeto chocando-se contra a vitrine de uma loja de departamentos.
Em seguida, Akilov detonou uma carga explosiva composta por cinco cilindros de gás na cabine do veículo. Ele acreditava que morreria na explosão, mas o dispositivo provocou apenas danos materiais.
Ele então correu para uma estação de metrô, sendo detido algumas horas depois ao norte de Estocolmo.
Cúmplices
Único a ser julgado nesta fase, Rakhmat Akilov, que pertence à minoria tajique do Uzbequistão, realizou vários contatos telefônicos, por meio de mensagens criptografadas, antes, durante e após o ataque com pessoas oficialmente não identificadas.
A acusação apresentou nesta terça-feira a lista dessas conversas por meio dos aplicativos WhatsApp, Telegram, Facebook e Zello, encontradas em seus celulares.
Das 209 mensagens trocadas, que datam pelo menos de janeiro de 2017, 16 são diretamente "interessantes", de acordo com o Ministério Público.
No Zello, Akilov conversou com interlocutores usando pseudônimos (Muovia Regari, Abu Aisha, Muhammad, Abu Fotima, etc.) num fórum intitulado "Caminho para o Califado Islâmico".
Para vários desses interlocutores, ele havia explicado querer "esmagar infiéis".
Rakhmat Akilov teve seu pedido de asilo negado em junho de 2016. Ele então se escondeu para evitar sua expulsão.
A polícia uzbeque o acusou de tentar se juntar ao EI na Síria via Turquia em 2015. Nenhuma evidência confirma essas alegações.
O acusado deve falar a partir de 20 de fevereiro. O veredicto é esperado para junho.