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porto velho, quinta-feira 26 de dezembro de 2024
MUNDO- Paul Manafort, chefe da campanha presidencial de Donald Trump, se entregou a autoridades federais americanas nesta segunda-feira (30), segundo o jornal "The New York Times" e a rede de televisão CNN.
Manafort entrou na sede do FBI (a Polícia Federal americana) em Washington às 8h15 (horário local, 10h15 em Brasília) com seu advogado, segundo o "New York Times".
Rick Gates, ex-sócio de Manafort, também deve se entregar. Ambos são investigados por supostos laços da campanha do atual presidente dos Estados Unidos com russos e lançam uma sombra sobre Trump.
Manafort mantém diversas relações comerciais com parceiros russos e participou de reuniões com empresários do país durante e depois da eleição. Ele também trabalhou para o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych.
O nome de Gates aparece em documentos ligados a empresas de Manafort abertas no Chipre para receber pagamentos de políticos e empresários da Europa Oriental, segundo o "New York Times", e o ex-chefe de campanha de Trump é investigado por violar leis federais de impostos e lavagem de dinheiro.
Na sexta (27), a CNN divulgou que um júri federal em Washington aprovou as primeiras acusações na investigação, que é liderada pelo procurador especial Robert Mueller.
O alvo e o teor das acusações, no entanto, permanecem em segredo de Justiça. Mas as possíveis acusações contra dois importantes membros da campanha de Trump aponta para uma nova fase da investigação.
Nomeado pelo Departamento de Justiça dos EUA para liderar a investigação, Mueller assumiu o cargo em maio, por indicação do vice-procurador-geral Rod Rosenstein, após Trump demitir o então diretor do FBI, James Comey.
Mueller também é ex-diretor do FBI. Ele entrou para a Polícia Federal americana em 2001, no governo de George W. Bush, e permaneceu no cargo até 2013, quando foi substituído por Comey na gestão de Barack Obama.
No domingo, Trump, voltou a tachar a investigação de "caça às bruxas" e pediu que "algo seja feito" contra as irregularidades que, segundo ele, sua rival Hillary Clinton cometeu nas eleições de 2016.
Em uma série de mensagens no Twitter, Trump não comentou a notícia das primeiras acusações formais da investigação, mas tentou desviar a atenção para as ações de Hillary e dos democratas.