Fundado em 11/10/2001
porto velho, domingo 22 de dezembro de 2024
MUNDO- Um juiz federal dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira que o Facebook deve enfrentar uma ação coletiva alegando que a rede social criou ilegalmente modelos faciais para pessoas sem sua permissão.
A decisão se soma aos problemas de privacidade que vêm se acumulando contra o Facebook há semanas, já que foi divulgado que informações pessoais de milhões de usuários foram colhidas pela consultoria política Cambridge Analytica.
O juiz distrital James Donato decidiu no tribunal federal de São Francisco que uma ação coletiva era a maneira mais eficiente de resolver a disputa sobre os modelos faciais.
A ferramenta de reconhecimento facial, criada em 2010, sugere os nomes das pessoas que identifica nas fotos publicadas pelos usuários, uma função que de acordo com os demandantes não cumpre a lei estadual de Illinois que protege a privacidade biométrica.
Uma porta-voz do Facebook disse à AFP que a empresa acredita que "o caso não tem mérito".
— Vamos nos defender de maneira vigorosa — disse o representante da companhia.
A tecnologia de reconhecimento facial foi suspensa para os usuários na Europa em 2012 por temores relacionados à privacidade.
A decisão foi anunciada no momento em que a rede social enfrenta um escândalo pela administração incorreta dos dados de 87 milhões de usuários antes das eleições presidenciais americanas de 2016.