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porto velho, quarta-feira 5 de fevereiro de 2025
MUNDO - Sete israelenses morreram e 10 ficaram feridos em um ataque a tiros em uma sinagoga na periferia da cidade de Jerusalém, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores de Israel.
A polícia israelense descreveu o incidente como um ataque terrorista. Nenhum grupo reivindicou o ataque. Segundo a polícia, o atirador foi morto.
Em Gaza, o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, disse que esta operação "é uma resposta ao crime conduzido pela ocupação em Jenin e uma resposta natural às ações criminosas da ocupação", mas ele não reivindicou o ataque.
A Jihad Islâmica Palestina também elogiou, mas não reivindicou o ataque.
A sinagoga fica em uma região que é considerada pelos israelenses como um bairro de Jerusalém, mas que os palestinos (e a maior parte da comunidade internacional) diz ser terra ocupada ilegalmente pelos israelenses depois de uma guerra em 1967.
Há uma escalada de violência entre israelenses e palestinos nos últimos dias.
Fogo e fumaça na cidade de Gaza, em 27 de janeiro de 2023 — Foto: Mahmud Hams / AFP
A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu a nova escalada como parte de um um "ciclo interminável de violência".
Exército de Israel mata nove palestinos na Cisjordânia
Ambos os grupos, Hamas e Jihad Islâmica, participaram do lançamento de foguetes, disse Khaled el-Batsh, uma autoridade da Jihad Islâmica. Horas antes de disparar os foguetes, ele havia afirmado em um comunicado que os projéteis disparados "levam uma mensagem: o inimigo (Israel
Antes de se retirar, as forças israelenses "jogaram deliberadamente granadas de gás lacrimogêneo" na ala pediátrica de um hospital de Jenin, "o que provocou a asfixia de algumas crianças", denunciou a ministra da Saúde palestina, Mai Al Kaila.
"Ninguém disparou gás lacrimogêneo deliberadamente contra um hospital [...], mas a operação ocorreu não muito longe de um hospital e é possível que o gás lacrimogêneo tenha entrado por uma janela aberta", disse um porta-voz do Exército israelense à AFP.
Uma das vítimas de quinta-feira se chamava Majeda Obeid, uma mulher de 61 anos, e sua filha contou como ela faleceu durante a operação militar israelense.
"Quando ela terminou de rezar, olhou pela janela por um momento e, então, foi atingida por uma bala no pescoço. Seu corpo tombou contra a parede e depois caiu sobre o chão", disse Kefiyat Obeid, de 26 anos.
O acampamento de Jenin, criado em 1953, é como uma cidade dentro da cidade e abriga cerca de 20 mil refugiados, segundo a UNRWA, agência da ONU encarregada dos refugiados palestinos
O Exército israelense, que ocupa a Cisjordânia desde 1967, realiza operações quase diárias nesse território palestino, principalmente no norte, nos setores de Jenin e Nablus, redutos de grupos armados palestinos.
"O Exército israelense destrói tudo e atira em tudo que se move", disse o vice-governador de Jenin, Kamal Abu Al Rub.
"O que está acontecendo em Jenin e em seu campo é um massacre perpetrado pelo governo de ocupação israelense", disse Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina.
O secretário-geral da Liga Árabe denunciou um "massacre sangrento" perpetrado "sob as ordens diretas de [o primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu", que retornou ao comando do governo de no fim do ano passado.