PORTO VELHO-RO: Léo Moraes assume a Prefeitura de Porto Velho cercado de expectativas e desafios imensos. A capital de Rondônia, com alarmantes índices de saneamento básico, clama por mudanças urgentes. Apenas 9,89% da população tem acesso ao tratamento de esgoto, e mais da metade ainda não dispõe de água tratada, uma realidade que reflete diretamente na saúde pública e na qualidade de vida.

A falta de saneamento transforma a cidade em terreno fértil para doenças. O impacto é sentido nas farmácias, onde proprietários prosperam rapidamente devido à alta demanda por medicamentos. Esse problema crônico é visto como o maior obstáculo da nova gestão e pode se tornar o calcanhar de Aquiles de Léo Moraes.

A escolha do secretariado será determinante para o sucesso ou fracasso da administração. Optar por profissionais técnicos e capacitados poderá estabelecer as bases de uma gestão eficiente, mas ceder às pressões de vereadores e partidos para nomear aliados políticos pode perpetuar o estado de abandono no quesito saneamento que a cidade enfrenta.

Sem experiência no Executivo, tendo ocupado apenas cargos legislativos, Moraes terá que lidar com um orçamento herdado de gestões anteriores, o que limitará sua margem de manobra no primeiro ano. Ainda assim, a população e os observadores políticos não devem aliviar as cobranças, que serão constantes e intensas desde o início.

Porto Velho pede por soluções reais e eficazes, e a gestão Léo Moraes será avaliada com lupa. A capacidade de compor um governo qualificado será o divisor de águas entre uma cidade que avança ou uma que permanece paralisada em seus problemas históricos, como saneamento e as alagações, por exemplo. O futuro está em jogo, e o tempo para decisões estratégicas é agora.