PORTO VELHO-RO: A seara política rondoniense foi sacudida no início desta semana com a decisão do governador Marcos Rocha-UB de exonerar o chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, homem forte na gestão. A movimentação e a possível demissão dele vinha sendo sendo esperada e intensificou o clima de tensão entre o Executivo e o Legislativo.

Para analistas, a queda de Gonçalves reflete um problema comum em governos que concentram muito poder em um só nome. Nos corredores do Palácio Rio Madeira, comenta-se que o agora ex-chefe da Casa Civil teria assumido um papel de protagonismo excessivo, o que levou ao seu afastamento. "Ele se sentia o próprio governador", afirmou um interlocutor sob anonimato.

Agora, a atenção se volta para a escolha do novo chefe da Casa Civil. O nome mais cotado é o do atual secretário Elias Resende, apontado como favorito para assumir o cargo e reconstruir pontes com deputados estaduais. Isso porque, além das rusgas internas, a relação entre o Executivo e o Legislativo enfrenta momentos de forte turbulência, podendo impactar votações importantes para o governo.

Nos bastidores, há um misto de expectativa e apreensão. Enquanto aliados de Rocha defendem que a decisão faz parte de uma reestruturação estratégica do governo, adversários enxergam a movimentação como um reflexo de instabilidade política.

A nomeação do novo chefe da Casa Civil ainda não foi oficialmente confirmada pelo governador, mas é esperada para os próximos dias. Com a pressão crescente e as articulações a todo vapor, o desfecho dessa mudança poderá redefinir os rumos da administração de Marcos Rocha nos próximos anos e sua renúncia do cargo para pilotar uma candidatura ao senado em 2026.