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porto velho, quarta-feira 12 de fevereiro de 2025
PORTO VELHO - RO - A recente exoneração de Júnior Gonçalves do cargo de Chefe da Casa Civil gerou uma onda de especulações nos bastidores do governo. O cargo, um dos mais estratégicos da administração estadual, exige um nome de extrema confiança do governador, o que alimentou disputas internas e apostas sobre quem será o substituto.
Entretanto, o afastamento de Júnior Gonçalves trouxe à tona um boato ainda mais explosivo: teria o governador perdido a confiança no vice-governador Sérgio Gonçalves, irmão do exonerado? Segundo fontes, a proximidade familiar e eventuais divergências políticas entre os irmãos poderiam ter gerado um clima de desconfiança no alto escalão do governo.
Diante da repercussão negativa, o governador quebrou o silêncio e negou qualquer crise com seu vice. Em nota oficial, ele garantiu que a saída de Júnior foi uma decisão administrativa e reafirmou sua confiança em Sérgio Gonçalves. “Qualquer insinuação sobre um possível afastamento ou desconfiança de minha parte não condiz com a realidade e carece de fundamento”, declarou.
Nos bastidores, no entanto, o clima é de tensão. A escolha do próximo Chefe da Casa Civil será um termômetro do real cenário político dentro do governo. Caso o indicado seja um nome alinhado ao vice, a crise será oficialmente descartada. Se for um nome mais distante do grupo de Sérgio Gonçalves, os rumores de um racha interno ganharão ainda mais força.
O fato é que a exoneração de Júnior Gonçalves abriu um novo capítulo no jogo político estadual. Agora, resta saber qual será a próxima jogada do governador e como isso afetará o equilíbrio de forças dentro da administração.
CONFIRA A NOTA DO GOVERNADOR DADA A UM ARTICULISTA:
Quando eu tive de escolher o meu vice-governador no segundo mandato e eu disse que pessoalmente escolheria o Sérgio Gonçalves, muitos me disseram que era loucura, pois ele também era da Capital; que ele havia ajudado a falir a empresa dos pais; que eu não iria conseguir; que eu perderia as eleições por causa dele. O meu rival nas eleições tentou usar o Sérgio para me prejudicar nos debates, etc. Mas eu, Marcos Rocha, homem temente a Deus, segui em frente. Eu escolhi o Sérgio, pois foi ele quem Deus colocou no meu coração. E o escolhi por confiança. Eu dei a oportunidade para o Sérgio de ser leal, trabalhar e agir sempre com dignidade e honradez e acredito que ele me respeite, assim como eu o respeito”. Marcos Rocha prosseguiu com seus comentários, transcritos aqui ibisis literis: “Muita gente do mal quis destruir isso, mas não conseguiram e não conseguirão! As mudanças que eu tiver de fazer entre secretários” (escreveu antes da saída do irmão do vice, Júnior Gonçalves) “lembrando que todos são competentes, assim como já fiz algumas vezes, são e serão realizadas para que haja melhoria nas entregas que tenho para o Estado. Eu e Sérgio Gonçalves estamos firmes e vamos continuar fazendo de Rondônia um dos melhores Estados do país”! Portanto, esta foi a posição pública de Marcos Rocha, sobre as relações com seu vice e seus planos para eventuais trocas no governo.