PORTO VELHO - RO - A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Rondônia, na última semana, deixou no ar não apenas promessas de investimentos, mas também sinais políticos que acenderam o alerta no núcleo de aliados locais. Um deles é o senador Confúcio Moura (MDB), nome cotado para disputar o governo estadual em 2026 com o apoio direto do presidente.

Fiel aliado de Lula, Moura foi um dos articuladores da vinda da comitiva presidencial ao estado, visando não apenas a entrega de um pacote de obras, mas também fortalecer o palanque governista em solo rondoniense. No entanto, o que se viu nas ruas não foi o cenário esperado: público reduzido, recepção tímida e até momentos de tumulto marcaram a passagem do chefe do Executivo federal pela capital.

O episódio ganhou peso político pelo contexto. Rondônia é um dos estados com forte base bolsonarista e, diante da pouca adesão popular, Confúcio teria avaliado internamente a necessidade de recalcular sua estratégia. Fontes próximas ao senador admitem que o evento soou como um “termômetro gelado” para sua pré-campanha, evidenciando que associar diretamente sua imagem à do presidente pode representar mais riscos do que ganhos no atual cenário local.

Com a corrida eleitoral ainda em fase inicial, o senador deverá pesar os próximos passos, observando a reação do eleitorado e medindo a temperatura política antes de oficializar qualquer decisão.