Após quase cinco anos do crime que chocou o país, Paulo Cupertino foi condenado nesta sexta-feira (30/5) pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais do jovem, João Alcisio Miguel e Míriam Selma Miguel. O julgamento aconteceu no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, e terminou com o réu considerado culpado por triplo homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e sem chance de defesa das vítimas.

Crime bárbaro

O crime aconteceu em junho de 2019, na zona sul da capital paulista. Rafael, de 22 anos, foi morto ao lado dos pais com um total de 13 tiros disparados por Cupertino. A motivação do crime: o assassino não aceitava o namoro da filha, Isabela Tibcherani, com o ator.

Durante o julgamento, Paulo Cupertino demonstrou nervosismo, respondeu apenas às perguntas de sua defesa e ignorou o Ministério Público. Em determinado momento, chegou a provocar os promotores e reclamar de supostas irregularidades no processo.

Acusados de acobertamento são absolvidos

Além de Cupertino, também foram julgados Wanderley Antunes e Eduardo Machado, acusados de ajudá-lo a fugir. Eles teriam oferecido abrigo e dinheiro ao foragido, mas alegaram ter sido enganados. O júri os absolveu.

Sete testemunhas foram ouvidas, incluindo Isabela Tibcherani e Vanessa Tibcherani, ex-mulher de Cupertino. Ambas relataram episódios de agressão e abuso por parte do réu.

Captura e repercussão

Após mais de dois anos foragido, Paulo Cupertino foi preso em 2022. Sua condenação nesta sexta-feira encerra um dos casos mais emblemáticos de violência familiar e feminicídio indireto no Brasil, marcando um desfecho de justiça para familiares e amigos das vítimas.