Brasília – O governo federal pode enfrentar uma nova derrota no Congresso Nacional com a iminente votação do projeto que visa aumentar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta, que faz parte do pacote econômico do Palácio do Planalto para reforçar o caixa da União, encontra forte resistência entre parlamentares da base aliada e da oposição.

Nos bastidores da Câmara dos Deputados, o nome do deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) tem ganhado força para assumir a relatoria do projeto. Conhecido por sua postura crítica em relação ao aumento de impostos, Chrisóstomo já sinalizou que poderá apresentar parecer contrário à proposta do Executivo.

Segundo fontes ligadas à liderança da Câmara, o relator deve argumentar que o aumento do IOF penalizaria diretamente a população e setores produtivos já sobrecarregados com a alta carga tributária. A articulação de Chrisóstomo com bancadas do agronegócio, evangélica e de segurança pública — segmentos com grande influência no Congresso — pode consolidar a rejeição ao texto.

A derrota do governo nesta pauta seria mais um revés no esforço para reequilibrar o orçamento diante da falta de receitas e do crescente rombo fiscal. A equipe econômica esperava, com o aumento do IOF, uma arrecadação extra de bilhões de reais ao longo do segundo semestre de 2025.

A votação está prevista para ocorrer ainda hoje. Caso se confirme o parecer contrário do deputado rondoniense, o governo terá de buscar alternativas para compensar a perda de arrecadação sem enfrentar novo desgaste político.