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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
Brasil - Três testemunhas prestaram depoimento no primeiro dia de audiência de instrução do caso Daniel - jogador assassinado em outubro do ano passado. Elas foram ouvidas nessa segunda-feira (18) pela juíza Luciani Regina Martins de Paula, no fórum de São José dos Pinhais. O primeiro dia de audiência foi marcado por tensão entre os advogados.
Os advogados Cláudio Dalledone Júnior, da família Brittes, e Nilton Ribeiro, assistente da promotoria, trocaram farpas na sala de audiência. De acordo com o UOL, o tom de voz subiu.
"Ele está falando alto e a juíza interrompeu. Temos excessos do assistente de acusação. Ele está se exaltando, porque as coisas estão fugindo do controle", disse Dalledone à imprensa após a audiência.
Nilton acusou a defesa dos réus de querer "tirar o foco". "Ao meu ver, a defesa está tentando jogar fumaça para desviar o foco, mas o crime é bárbaro e hediondo. As testemunhas dizem que Daniel pediu 'socorro, por favor não me matem'", relatou o assistente da promotoria.
Cláudio Dalledone Júnior, advogado da família Brittes, também foi questionado diversas vezes por jornalistas sobre a condição mental de seus três clientes. Ele limitou-se a dizer que apenas responderia questões técnicas.
Segundo destaca o UOL, outro ponto de tensão foi o encontro entre Cláudio Dalledone Júnior e Eleandro Passaia antes da audiência iniciar. O apresentador do Tribuna da Massa, da afiliada do SBT no Paraná, arrolado como testemunha de defesa de Edison Brittes, questionou o advogado do motivo de tê-lo colocado na lista de testemunhas.
"Te trouxe para te resguardar. Você não disse que tem documentos e provas?", rebateu Dalledone. "Posso acreditar em você"?, disse o apresentador no diálogo.
O advogado dos Brittes acusa Eleandro Passaia de mostrar notícias falsas sobre seu cliente. Eles pedem esclarecimentos e o apresentador foi arrolado como testemunha de defesa, porque o advogado acredita que seu depoimento ajudará Juninho Riqueza.
NOVA AUDIÊNCIA
A partir das 9h desta terça (19), a juíza Luciani Regina Martins de Paula retoma a audiência de instrução do caso Daniel, que vai decidir se os réus irão a júri popular por participação em diferentes níveis na morte do jogador, em outubro. A audiência deve continuar pelo menos até quarta (20). No total, 77 testemunhas foram arroladas de defesa e acusação.
O CRIME
Daniel Correa foi morto no dia 27 de outubro de 2018 depois da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes. Edison Brittes Júnior, pai de Allana, confessou o crime.