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porto velho, terça-feira 1 de julho de 2025
BRASIL: Rosimeire Araújo, mãe de Emily Fabrini de Araújo, 14 anos — encontrada morta por asfixia em uma área da Floresta Nacional (Flona) de Brasília, perto de Taguatinga —, diz não acreditar que o suspeito de cometer o crime foi liberado pela Justiça. Identificado como Vandir Correia Silva, 21, ele se entregou à polícia horas após o assassinato da adolescente, foi preso, mas acabou solto após audiência de custódia nessa segunda-feira (12/9).
“Soltaram (ele) porque eu sou pobre, apenas uma empregada doméstica. Se (a vítima) fosse um filho de juiz, advogado ou promotor, tenho certeza de que o criminoso estaria preso. Estou muito revoltada e me sinto sem valor nenhum. Parece que a vida da minha filha não valia nada. Só tenho a certeza da impunidade”, desabafou a mãe, Rosimeire Araújo.
Na madrugada de sábado (10/9), ao chegar em casa, a mãe da adolescente foi avisada de que Emily havia saído para se encontrar com Vandir, irmão de uma vizinha. Na tarde do mesmo dia, Rosimeire procurou a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) para registrar ocorrência sobre o desaparecimento da filha.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontrou o corpo da jovem pouco depois, quando Vandir procurar a 17ª Delegacia Regional de Polícia de Goiás, no município de Águas Lindas, e confessou ter ocultado o cadáver da vítima. Ele foi levado para a 17ª DP (Taguatinga Norte), onde ficou preso.
O suspeito passou por audiência de custódia no Fórum Desembargador Antônio Martins, em Taguatinga. No entanto, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) liberou Vandir. A juíza que assinou o alvará de soltura determinou que ele use tornozeleira eletrônica enquanto responde ao processo.
“Estava em casa quando me contaram que ele tinha sido solto. Não acreditei. Tive de ligar para meu patrão para confirmar se tinha acontecido isso mesmo, e ele me confirmou. Minha filha só tinha 14 anos. O que ele fez não tem perdão. Matou minha pequena da pior maneira possível e, agora, está apenas de tornozoleira, em casa”, criticou Rosimeire.