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porto velho, domingo 6 de julho de 2025
BRASIL: Um caso de tortura contra dois homens dentro de um supermercado, em Canoas, na região Metropolitana de Porto Alegre, é investigada pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que os homens foram levados para o depósito do estabelecimento e são espancados por por aproximadamente 45 minutos. De acordo com Robertho Peternelli, delegado que investiga o caso, as agressões se deram após a dupla furtar dois pacotes de picanha. O gerente, o subgerente e cinco seguranças são investigados pela polícia.
Apesar de já haver a informação do envolvimento de cinco seguranças nas agressões, a polícia só conseguiu identificar dois até o momento, no entanto, o nome deles não foi divulgado. A rede de supermercados Unisuper disse em nota que "repudia veementemente qualquer ato de violência ou de violação dos Direitos Humanos" e afirmou estar "integralmente à disposição das autoridades para fornecer todas as informações solicitadas". Já a empresa Glock, que presta serviço ao supermercado, disse que só irá se manifestar em juízo. Os advogado do gerente e do subgerente também só irão se manifestar em juízo.
"Os cinco seguranças e o gerente devem ser indiciados por tortura e ocultação das provas. O subgerente por tortura e omissão. A polícia investiga indícios de outro crime extorsão mediante sequestro porque eles só foram liberadas depois do pagamento de R$ 644 exigido pelos agressores", afirmou o delegado.
Segundo a polícia, o caso ocorreu no dia 12 de outubro, no entanto, os agentes só ficaram sabendo do caso após um dos homens que sofreu as agressões dar entrada no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre com ferimentos graves. Além de várias fraturas no rosto, o homem também teve a cabeça lesionada e precisou ser colocado em coma induzido para conseguir se recuperar.
Aos agentes, um dos parentes do homem espancado disse que ele tinha sido agredido em um supermercado, em Canoas.