PORTO VELHO, RO: Uma operação de fiscalização surpresa conduzida pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) revelou diversas deficiências nas unidades de pronto atendimento (UPAs) e policlínicas de Porto Velho, durante a madrugada desta sexta-feira (12/7).

Os auditores do TCE-RO focaram na disponibilidade de profissionais de saúde, no armazenamento e fornecimento de medicamentos, na oferta de exames emergenciais e na qualidade do atendimento prestado. As unidades visitadas incluíram as UPAs da Zona Sul e Zona Leste, além do Pronto Atendimento Ana Adelaide e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Foi constatado que em algumas unidades faltava atendimento médico, pois profissionais estavam indisponíveis no momento da visita, alegadamente "dormindo". No Pronto Atendimento Ana Adelaide, por exemplo, apenas uma médica estava em serviço, enquanto outros profissionais estavam em repouso. Pacientes enfrentavam esperas de até uma hora, com o aparelho de raio-X inoperante há duas semanas e escassez de insumos básicos.

Quanto ao SAMU, embora houvesse quatro equipes de ambulâncias, apenas duas estavam operacionais devido à falta de macas. A situação é agravada pela utilização das macas como leitos improvisados, devido à falta de leitos hospitalares, impedindo a saída das ambulâncias para novos atendimentos.

Além das deficiências operacionais, a falta de segurança tanto para profissionais quanto para usuários foi um ponto destacado pela equipe do TCE-RO. Nas UPAs da Zona Sul e Zona Leste, houve relatos de baixo movimento de pacientes e ausências pontuais de plantonistas nas escalas.

Após a fiscalização, o Tribunal de Contas entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela gestão das unidades, exigindo ações imediatas para melhorar o atendimento. A gestão municipal informou que um novo aparelho de raio-X está em processo de licitação, mas o TCE-RO pressiona por medidas rápidas para garantir um serviço eficaz à população.