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porto velho, quarta-feira 12 de março de 2025
PORTO VELHO (RO) - A emenda de R$ 3,2 milhões destinada em nome do deputado federal Fernando Máximo (UNIÃO) a uma associação no estado de São Paulo causou turbulência em seu gabinete nesta semana e acabou se tornando destaque nos jornais de todo o país, com destaque à cidade de Campinas, onde fica instalada a associação.
Conforme o jornal Notícias de Campinas, o caso levantou suspeita em torno da emenda repassada a uma associação que nada tem a ver com a finalidade do recurso alegada pelo congressista, a qual é a de promover exames oftalmológicos e distribuir óculos para crianças carentes em Rondônia.
A suspeita se dá pelo motivo da associação não ter qualquer envolvimento direto com o setor da medicina, mas sim com a elaboração de softwares com tecnologia nacional, o que chamou a atenção das autoridades.
No mínimo inusitada, a contratação de uma empresa de software para a realização de serviços de saúde pública é um tema que alertou o Tribunal de Contas da União - TCU e Ministério Público Federal - MPF. Caso sejam encontradas inconsistências no contrato, o deputado e a associação poderão responder na Justiça.
Vale ressaltar que Máximo alegou que apenas destacou o valor da emenda, mas que a contratação da associação de São Paulo se deu por conta do Governo Federal, o que não eximiria a sua responsabilidade.
Ainda conforme a imprensa nacional, esse caso não afeta apenas Rondônia, mas todo o país, que se atenta para questões importantes sobre o uso de emendas parlamentares. Situação que também já está na mira do ministro Flávio Dino.