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porto velho, quarta-feira 3 de dezembro de 2025

PORTO VELHO (RO) - A Avenida Jorge Teixeira, trecho urbano da BR-319 em Porto Velho, tornou-se um dos maiores gargalos de mobilidade da capital — e um símbolo claro da falta de planejamento urbano. Com fluxo crescente de veículos pesados, carros de passeio, motos e transporte coletivo, a via já não comporta mais o volume diário de tráfego, especialmente nos cruzamentos mais movimentados. A cidade cresce, mas a infraestrutura continua parada no tempo.
Entre os pontos mais críticos estão os cruzamentos da Jorge Teixeira com as avenidas Calama, Abunã e Amazonas, locais onde longas filas se formam nos horários de pico, causando atrasos, acidentes frequentes e prejudicando a fluidez da BR-319, que deveria funcionar como um corredor rápido dentro da cidade — mas hoje funciona como um funil.
No cruzamento com a Calama, o avanço dos bairros da zona Leste aumentou exponencialmente o fluxo, tornando o semáforo incapaz de organizar o trânsito. Já no entroncamento com a Abunã, o acesso ao centro e o vai e vem de veículos entre áreas comerciais e residenciais agravaram ainda mais o caos. No trecho da Amazonas, o acúmulo de trabalhadores, caminhões de abastecimento e transporte público transforma a região em um ponto de congestionamento quase permanente.
A solução é conhecida há anos: viadutos e elevados que permitam a separação dos fluxos. É simples — onde a engenharia não atua, o trânsito colapsa. E Porto Velho está colapsando diariamente.
Além de segurança e redução no tempo de deslocamento, essas obras dariam eficiência ao tráfego da BR-319, uma das principais ligações logísticas da região Norte. Também impulsionariam a economia local ao reduzir custos de transporte e melhorar o escoamento de mercadorias, beneficiando diretamente empresas e trabalhadores.
O que falta não é diagnóstico — é ação. A capital precisa encarar a modernização da Jorge Teixeira como prioridade imediata. A construção de viadutos e elevados deixou de ser promessa de campanha e passou a ser uma obrigação de gestão. Sem isso, Porto Velho continuará presa no trânsito, pagando caro pela falta de decisão política.