Fundado em 11/10/2001
porto velho, terça-feira 16 de dezembro de 2025
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Porto Velho passa a ocupar um espaço especial no mapa do ecoturismo brasileiro. Com a aprovação dos Projetos de Lei nº 4959/2025 e nº 4960/2025, o município agora é oficialmente reconhecido como Capital Nacional da Pesca Esportiva e Capital do Turismo de Observação de Aves, títulos que fortalecem novas estratégias de desenvolvimento sustentável e ampliam perspectivas de negócios, pesquisa e geração de renda.
A iniciativa também inclui a Política Municipal de Fomento, Proteção e Valorização da Pesca Artesanal, que reconhece a atividade como patrimônio cultural e econômico das comunidades tradicionais do Baixo Madeira.
Esses avanços posicionam Porto Velho como uma das cidades brasileiras mais preparadas para unir conservação ambiental, turismo de natureza e valorização das populações ribeirinhas.
Porto Velho escolhida
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Porto Velho reúne características únicas que nenhuma outra capital brasileira possui. O rio Madeira concentra mais de 800 espécies de peixes catalogadas, o que faz da região um dos maiores polos naturais de pesca do país. A proximidade entre áreas de pesca, centros urbanos e comunidades tradicionais cria um ambiente ideal para a prática esportiva, recepção de turistas e organização de grandes eventos.
No campo da observação de aves, a capital também lidera com folga: mais de 700 espécies registradas, o maior número entre todas as capitais brasileiras, conforme estudos da Associação Clube de Observadores de Aves de Rondônia e de especialistas que atuam exclusivamente com turismo de natureza.
Com esse diferencial, Porto Velho se torna referência nacional para visitantes que buscam experiências genuínas na Amazônia, combinando floresta, rios, fauna exuberante e uma logística singular.
Observação de aves
O reconhecimento como Capital do Turismo de Observação de Aves nasce de uma constatação simples, de acordo com o secretário da Semtel, Paulo Moraes Júnior, Porto Velho sempre esteve entre os lugares mais ricos do Brasil em diversidade de aves, mas ainda não havia se apropriado desse potencial. “Quando falamos em birdwatching, Porto Velho não se destaca apenas entre as capitais, se destaca no Brasil inteiro. Não existe outro lugar com mais espécies catalogadas. Foram mais de 700 registradas por guias e especialistas. A cidade sempre teve esse potencial, só precisava olhar para dentro para reconhecer suas riquezas naturais.”
Ele destacou também o movimento internacional desse tipo de turismo: “A contemplação de aves é hoje o terceiro mercado turístico que mais cresce na Ásia e desponta no mundo todo. Quando percebemos isso, entendemos que Porto Velho tinha condições de liderar esse segmento no Brasil.”
O projeto recebeu apoio técnico de estudiosos e da comunidade local. Paulo ressaltou o papel do observador Raul Pommer: “O Raul nos alertou para algo fundamental: a capital com maior variedade de aves do Brasil nunca havia se posicionado sobre isso. A partir desse entendimento, fomos à Câmara Municipal, apresentamos números e conquistamos o reconhecimento. É uma atividade que movimenta a economia criativa, traz turistas e aquece setores inteiros da cidade.”
Pesca esportiva e pesca artesanal
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A pesca esportiva já vinha ganhando força com a realização de eventos expressivos, como o PVH Pesca Show e a tradicional corrida de voadeiras, atrações que mobilizam competidores, famílias e turistas.
A aprovação do PL nº 4959/2025 coloca Porto Velho como a única capital brasileira com reconhecimento oficial e, ao mesmo tempo, com condições reais de entregar uma experiência completa: natureza preservada, grande diversidade de peixes e fácil acesso aos pontos de pesca.
Paulo Moraes Júnior falou do diferencial logístico da cidade: “Porto Velho é a única capital onde você consegue, em meia hora, pescar um pirarucu, um dos gigantes do Madeira, admirado no mundo inteiro, e, em meia hora, estar com sua família em um shopping, em bons restaurantes ou em centros de entretenimento. Isso não existe em nenhuma outra capital do país.”
O PL nº 4960/2025, voltado à pesca artesanal, garante proteção aos pescadores tradicionais e assegura políticas públicas para períodos de defeso, qualificação e incentivo à atividade.
“A pesca artesanal é história, cultura e sustento para centenas de famílias. Não poderíamos deixar nenhuma lacuna. Porto Velho precisa contemplar tanto o turismo de pesca esportiva quanto o turismo de base comunitária, valorizando quem vive do rio e quem movimenta nossa economia.”
O secretário também revelou tratativas avançadas com o Ministério do Turismo, por meio da Embratur: “Estamos alinhados para capacitar guias, e tudo que for ligado à pesca esportiva. A previsão é que, até o primeiro trimestre de 2026, possamos iniciar os treinamentos, fortalecendo ainda mais a nossa posição como Capital Nacional da Pesca Esportiva.”