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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL: O volume de serviços prestados no Brasil avançou 1,1% em fevereiro, alta insuficiente para reverter o tombo de 3% registrado em janeiro, segundo dados revelados nesta quinta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Mesmo com a alta, o setor, responsável por cerca de 70% de tudo o que é produzido no Brasil, não recupera o maior patamar da história, alcançado no mês de dezembro, de acordo com a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços).
Na comparação com fevereiro do ano passado, o volume de serviços prestados aumentou 5,4%. Trata-se da 24ª taxa positiva consecutiva na comparação. Já o indicador acumulado dos primeiros dois meses deste ano é 5,7% melhor do que o registrado no mesmo período de 2022. Nos últimos doze meses, o crescimento do setor é de 7,8%.
"Em fevereiro, houve uma recuperação de parte da perda verificada em janeiro. A configuração do setor de serviços, portanto, não se altera significativamente nos primeiros dois meses de 2023”, destaca Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa.
Os dados de fevereiro correspondem à segunda divulgação da nova série da PMS, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas e por alterações metodológicas, com o objetivo de retratar mudanças econômicas na sociedade. O IBGE explica que as atualizações já eram previstas e são implementadas periodicamente.
Lobo afirma que os ramos de tecnologia da informação e de transportes continuam ditando o ritmo dos serviços no Brasil. "Os segmentos mais dinâmicos seguem apresentando bom desempenho, enquanto aqueles mais afetados pela pandemia, principalmente as atividades presenciais, já superaram o longo distanciamento que tinham do período pré-pandemia", avalia ele.
Em fevereiro, o setor de transportes, que havia tido a maior influência negativa no resultado de janeiro, foi o destaque, com crescimento de 2,3%. "O transporte rodoviário de cargas, que é o principal modal por onde se deslocam as mercadorias, segue sendo beneficiado pela demanda crescente vinda do agronegócio, do comércio eletrônico e, em menor escala, do setor industrial, notadamente dos bens de capital e dos bens intermediários, que operam acima do nível pré-pandemia”, explica Lobo.
Também se destacaram positivamente em fevereiro os serviços de informação e comunicação (1,6%) e os outros serviços (0,7%). O primeiro teve um ganho acumulado de 2,4% nos dois primeiros meses do ano, enquanto o segundo, após registrar forte retração em janeiro (-8,6%), voltou a crescer.
Por outro lado, as áreas de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1%) e serviços prestados às famílias (-0,7%) exerceram a influência negativa do mês. No caso do primeiro setor, foi o segundo resultado negativo seguido, com perda acumulada de 3,1%. Já o último eliminou parte do ganho (3,5%) registrado nos meses de dezembro e janeiro.