Após oscilações no início do dia, o Ibovespa firmava alta nesta terça-feira (23). Por volta das 12h30, o índice subia 0,85%, a 111.146,44 pontos. O dólar, por sua vez, caía 0,18%, cotado a R$ 4,959 na venda.

Na sessão da segunda-feira (22), o dólar à vista recuou 0,47%, aos R$ 4,9714 na venda, interrompendo uma sequência de dois dias de ganhos. Profissional ouvido pela Reuters afirmou que, assim como na segunda-feira, também houve na manhã desta terça fluxo de entrada de dólares, com alguns participantes do mercado aproveitando as cotações atrativas para comprar ativos brasileiros.

No Brasil, as atenções estão voltadas para a tramitação da nova regra fiscal, que pode ser votado no Congresso nesta terça ou na quarta-feira (24). Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto, portanto, ele poderá ser votado em plenário sem precisar passar pelas comissões da Casa.

Após a aprovação da Câmara, o texto segue para a chancela do Senado. Em abril, o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já havia indicado que também pretende dar celeridade aos trâmites.

No exterior, o dólar também sustentava ganhos ante outras divisas de países emergentes e exportadores de commodities, com investidores à espera de um desfecho para as negociações sobre o teto da dívida dos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira (22), a reunião entre Joe Biden e o presidente da Câmara americana, Kevin McCarthy, terminou sem um acordo. De um lado, o congressista republicano pressiona a Casa Branca para cortar mais gastos no orçamento — medida considerada “extrema” por Biden. Em outra ponta, os democratas querem impôr novos impostos sobre os mais ricos, caminho rejeitado pela oposição.

O país tem 10 dias para evitar um calote histórico e com grande possibilidade de jogar a maior economia do mundo em recessão, segundo analistas. O mercado vem acompanhando as movimentações do teto da dívida de perto, dado teme um calote — que teria consequências severas à economia mundial.