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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
BRASIL: Depois de o BC (Banco Central) reduzir de 5,8% para 5% sua expectativa de inflação para este ano, os analistas do mercado financeiro seguiram o mesmo caminho e cortaram, pela sétima semana consecutiva, suas projeções para de alta dos preços da economia brasileira.
Com a atualização divulgada nesta segunda-feira (3) pelo BC, a previsão atual dos analistas é de que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre o ano em 4,98%, ante alta prevista de 5,06%. Há quatro semanas, a estimativa era de alta na casa dos 5,69%.
Mesmo com a expectativa menor, a análise indica que a inflação oficial será, pelo terceiro ano seguido, maior do que o teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%). Com a nova projeção, as estimativas aparecem a apenas 0,23 ponto percentual do limite.
No RTI (Relatório Trimestral de Inflação) divulgado na semana passada, o BC prevê que a probabilidade de a alta furar o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 83% para 61%.
Para o mês de junho, a previsão é de que o IPCA a ser divulgado na próxima semana apresente uma deflação de 0,1%. Para julho. é prevista uma nova queda de 0,26% nos preços. Já em agosto, os analistas preveem aumento de 0,25% do índice oficial.
Olhando para os próximos anos, as expectativas para o índice oficial de preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recuaram em 2024 (de 3,98% para 3,92%), 2025 (de 3,8% para 3,6%) e 2026 (de 3,72% para 3,5%).
Com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar foi mantida em R$ 5. Entre os preços administrados, como energia e combustíveis e planos de saúde, a projeção recuou pela oitava semana seguida e passou para uma alta de 8,97% neste ano.