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    porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024

Banco Central prevê novos cortes de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros

Diretores do Copom avaliam que ritmo de reduções da taxa Selic é "apropriado" para conter o avanço da inflação


R7

Publicada em: 07/11/2023 09:04:30 - Atualizado

BRASIL: O BC (Banco Central) divulgou nesta terça-feira (7) a ata com as motivações que resultaram na terceira redução consecutiva de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros, de 12,75% para 12,25% ao ano, o menor patamar em um ano e meio.

No documento, os diretores que integram o Copom (Comitê de Política Monetária) projetam novas reduções semelhantes da taxa Selic nas próximas do colegiado. "Tal ritmo conjuga, de um lado, o firme compromisso com a reancoragem de expectativas e a dinâmica desinflacionária e, de outro, o ajuste no nível de aperto monetário em termos reais diante da dinâmica mais benigna da inflação antecipada nas projeções do cenário de referência", diz a ata.

"O Comitê enfatiza que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos."

A avaliação leva em conta que a taxa Selic é a principal ferramenta da política monetária para determinar a inflação em uma economia. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias.

Apesar de reconhecer o progresso desinflacionário no Brasil, a autoridade monetária avalia que ainda "há um caminho longo a percorrer para a ancoragem das expectativas e o retorno da inflação à meta". Para que o objetivo seja efetivamente concluído, o BC cobra "serenidade e moderação na condução da política monetária".

"O Comitê reforçou a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento de crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia, com impactos deletérios sobre a potência da política monetária e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade", destaca a ata.

O Copom reforça ainda que elevou a incerteza em torno da estabelecida para o resultado fiscal, o que levou a um aumento do prêmio de risco e cobra a "firme persecução dessas metas". "O Comitê vinha avaliando que a incerteza fiscal se detinha sobre a execução das metas que haviam sido apresentadas, mas nota que, no período mais recente, cresceu a incerteza em torno da própria meta estabelecida para o resultado fiscal, o que levou a um aumento do prêmio de risco", observa.






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