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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL - Os economistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) revisaram pela 12ª vez consevutiva a previsão de alta da inflação oficial de preços para 2021. Com a nova alta, eles preveem que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidos Amplo) deve fechar o ano em 5,97%.
Na semana passada, a projeção do Boletim Focus era de IPCA em 5,9% e, há quatro semanas, as expectativas apontavam para uma variação de preços na casa dos 5,31%. Para os próximos três anos, as previsões para o IPCA foram mantidas em, respectivamente, 3,78%, 3,25% e 3,25%.
Caso a expectativa seja confirmada, a inflação chegará ao fim de 2021 acima do teto da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 3,75%, com a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
Apesar do aumento nas expectativas para a inflação, os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros, esperada em 6,5% ao ano no final de 2021. Atualmente, a Selic figura em 4,25% ao ano, após três altas seguidas de 0,75 ponto percentual.
Aumentar a taxa de juros funciona como um instrumento de política monetária para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
Na ata da última reunião, o Copom (Conselho de Política Monetária) apontou que as contas de luz mais caras vão manter inflação alta no curto prazo. "Adota-se uma hipótese neutra para a bandeira tarifária de energia elétrica, que se mantém em “vermelha patamar 1” em dezembro de cada ano-calendário", diz o documento.