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porto velho, domingo 10 de novembro de 2024
A produção industrial brasileira avançou 1,4% frente a abril , interrompendo três meses consecutivos de queda, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. O resultado, porém, não é suficiente para anular as perdas recentes.
Entre fevereiro e abril, o setor teve queda de 4,7% . Hoje, está de volta ao patamar de fevereiro de 2020, período anterior à pandemia, reduzindo os ganhos que teve no segundo semestre do ano passado.
No ano, a indústria acumula alta de 13,1% e, em doze meses, de 4,9%.
"Há uma volta ao campo positivo, mas está longe de recuperar essa perda recente que o setor industrial teve. Muito desse comportamento de predominância negativa nos últimos meses tem uma relação direta com o recrudescimento da pandemia, no início de 2021, que trouxe um desarranjo para as cadeias produtivas”, explica o gerente da pesquisa, Alexandre Macedo.
A paralisação de vários setores, como o automotivo tem dificultado a recuperação da indústria. Além da alta de custos, alguns segmentos ainda sofrem com a escassez de peças e componentes.
No mês passado, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) anunciou que vê riscos de mais paradas de fábricas de veículos por falta de chips no segundo semestre.
Poucos dias após o alerta da entidade, a Volkswagen anunciou a paralisação da produção de veículos no Brasil por dez dias devido à escassez de semicondutores usados nos painéis dos veículos.
Em maio, o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias ficou estável (+ 0,1%). Os segmentos que puxaram o desempenho da indústria em agosto foram produtos alimentícios (2,9%), coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (3,0%) e indústrias extrativas (2,0%).