BRASIL: O mercado financeiro elevou pela 17ª semana consecutiva suas expectativas para a inflação oficial de 2021 e agora aposta que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) vai alcançar os 6,79% ao final do ano.

Caso a expectativa seja confirmada, a inflação chegará ao fim de 2021 acima do teto da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 3,75%, com a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Na semana passada, a projeção do Boletim Focus era de IPCA em 6,56% e, há quatro semanas, as expectativas apontavam para uma variação de preços na casa dos 5,07%. Para 2021, a previsão para o IPCA subiu a 3,81%.

Juros

Com as novas estimativas apresentadas nesta segunda-feira (2), pelo BC (Banco Central), ficou mantida a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, que deve finalizar 2021 no patamar de 7% ao ano.

Aumentar a taxa de juros funciona como um instrumento de política monetária para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

No curto prazo, a expectativa é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) eleve a taxa básica de juros em 1 ponto percentual na reunião desta semana, o que deve colocar a Selic em 5,25% ao ano.