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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL: A prévia da inflação sinaliza para uma alta de 0,89% nos preços ao longo do mês de agosto, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (25), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Trata-se da maior alta registrada pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 15) para o mês desde o salto de 1% apurado em 2002.
Em julho, o índice de preços que prevê os rumos da inflação mensal havia avançado 0,72%, o que correspondeu à maior alta do indicador para o mês desde o salto de 0,93% apurado em 2004.
Com a aceleração, o índice acumula alta de 5,81% nos preços ao longo de 2021. Já nos últimos 12 meses, o IPCA-15 subiu 9.3%, patamar que mantém o indicador acima do teto da meta estabelecida para a inflação neste ano, fixado em 5,25%.
Novamente, o aumento da energia elétrica (+5%) exerceu o maior impacto individual no resultado do indicador, sendo responsável por 0,23 ponto percentual no índice do mês. O preço é influenciado pela adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 2 e do reajuste de 52% no valor adicional da bandeira, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos.
Segundo o IBGE, reajustes tarifários em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Belém também explicam o aumento dos preços em agosto. Com a variação das contas de luz, o grupo habitação foi responsável pela maior alta no mês, de 1,97%. Além da energia elétrica, impactaram no resultado os valores do gás de botijão (+3,79%) e do gás encanado (+0,73%).
O aumento de 2,02% no preço dos combustíveis também puxou a alta do IPCA-15 no mês de agosto. A principal contribuição partiu da gasolina (+2,05%), cuja variação acumulada nos últimos 12 meses é de 39,52%. Também subiram os preços do etanol (+2,19%) e do óleo diesel (+1,37%), enquanto o gás veicular registrou queda de 0,51%.
Na contramão, o grupo saúde e cuidados pessoais foi o único que apresentou deflação (-0,29%). A movimentação ocorreu com a queda nos preços dos itens de higiene pessoal (-0,67%), produtos farmacêuticos (-0,48%) e plano de saúde (-0,11%).
Os itens que integram o grupo de alimentos e bebidas também subiram mais do que no mês anterior (+1,02%), com destaque para o encarecimento da alimentação no domicílio passou de 0,47% em julho para 1,29% em agosto.
Contribuíram para a aceleração as altas do tomate (+16,06%), do frango em pedaços (+4,48%), das frutas (+2,07%) e do leite longa vida (2,07%). Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-6,46%), do feijão-preto (-4,04%) do arroz (-2,39%) e do feijão-carioca (-1,52%).
No campo da alimentação fora do domicílio (+0,35%), o movimento foi inverso, influenciado pela desaceleração da refeição (+0,1%), que havia registrado alta de 0,53% em junho. O subitem lanche subiu 0,75% no IPCA-15 de agosto.