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    porto velho, domingo 24 de novembro de 2024

Pesquisas - A ferramenta que manipula o eleitorado e a passividade das autoridades

No final, a única certeza que no domingo, 27, é que as urnas trarão o veredito final...


Redação

Publicada em: 23/10/2024 09:31:27 - Atualizado

PORTO VELHO-RO: Às vésperas de toda eleição, o cenário é caótico: uma enxurrada de pesquisas de intenção de voto que transformam o processo eleitoral em um jogo de números voláteis, cada um apontando uma direção diferente. O eleitor, que já enfrenta uma sobrecarga de informações, é bombardeado com dados que mais confundem do que esclarecem, enquanto as autoridades, que deveriam intervir para proteger a lisura do processo, se mantêm em uma preocupante inércia.

Nos últimos dias, a disputa eleitoral em Porto Velho tornou-se palco de uma verdadeira batalha entre institutos de pesquisa. Uma pesquisa local, de credibilidade questionável, concedeu 13 pontos de vantagem a Mariana Carvalho. 

Logo depois, um grupo de Manaus, de olho nos cofres do município, sem qualquer transparência sobre seus interesses, apresentou uma pesquisa que colocou Léo Moraes com 15 pontos à frente. A confusão só aumentou quando dois institutos nacionais decidiram entrar na arena. Primeiro o Veritá, conhecido por erros grotescos em cidades grandes, apontou 12 pontos pró Léo. Poucos dias depois, sem qualquer fato novo ou relevante que justificasse uma reviravolta, o instituto Quest apresentou um empate técnico entre os dois candidatos.

Em questão de dias, as pesquisas se contradisseram drasticamente, com uma variação de mais de 37 pontos. Essa discrepância absurda lança uma sombra sobre a real intenção por trás dessas publicações. Quem, de fato, está se beneficiando com essa desordem? E, mais grave ainda, por que as autoridades responsáveis pelo controle do processo eleitoral permanecem tão apáticas diante dessa manipulação em massa?

O que deveria ser uma ferramenta de informação tornou-se um mecanismo de manipulação descarada. As pesquisas, que outrora serviam para orientar o eleitor, perderam toda credibilidade. Elas são hoje usadas como armas políticas, moldando narrativas e, em muitos casos, desrespeitando a vontade popular. Enquanto isso, o eleitor é deixado à deriva, incapaz de distinguir a verdade dos interesses ocultos que se movem por trás dessas pesquisas fabricadas.

No final, a única certeza que no domingo, 27, é que as urnas trarão o veredito final. Contudo, quantos eleitores terão sido conduzidos por esse labirinto de desinformação até lá? Sem ação firme das autoridades, o ciclo de manipulação continuará, e a democracia seguirá sob ataque.


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