Anunciado na semana passada como diretor dos Estúdios Globo, Amauri Soares, que vai substituir Ricardo Waddington no cargo em junho, chega com uma missão pra lá de importante: a de mudar o comportamento dentro da empresa e reforçar o discurso da emissora dos Marinho contra o assédio e a favor da inclusão.

Uma fonte revelou para essa colunista que vos escreve que a meta do novo chefe é acabar com os casos de assédio sexual, moral, racismo nos corredores da TV Globo, já que existem muitas reclamações internas sobre esses assuntos tão sérios. Inclusive, alguns diretores serão demitidos durante esse processo de reestruturação.

A coluna descobriu também que ele vai “balancear” a diversidade dentro das produções da empresa, evitando que mais denúncias de cunho racial atinjam a “retaguarda” da companhia. Para isso, ele tem carta branca de fazer as mudanças necessárias e vai se reportar diretamente aos membros da família Marinho, pois todos confiam muito nele.

O que sabemos também é que uma das coisas que derrubou o ex-diretor, Ricardo Waddington, foi o caso de racismo contra três atrizes nos bastidores de Nos Tempos do Imperador (2021), que veio à público no ano passado. Cinnara Leal, Dani Ornellas e Roberta Rodrigues são testemunhas na investigação inciada pelo Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ), que causou a demissão de Vinicius Coimbra, acusado dos ataques racistas. O que muita gente não sabe é que Waddington teria desagradado os chefes ao não saber conduzir o caso de forma satisfatória.

Amauri Soares já era cotado para assumir a função antes de Ricardo Waddington, mas questões internas impediram sua nomeação. Os dois vão trabalhar juntos até junho para que a transferência seja tranquila, mas o “novato” tem trabalhado diariamente e a transição é mais burocrática do que efetiva. Com isso, o ex-funcionário anda bem afastado do dia a dia das produções.