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porto velho, sexta-feira 9 de maio de 2025
Mantendo um casamento sem exposição, Quitéria Chagas usou seu Instagram, na madrugada desta sexta-feira (24), para contar aos seus seguidores que o marido, Francesco Locati, de 57 anos, faleceu, vítima de um câncer raro. Em seu relato, ela falou que o amado não gostava de aparecer e que precisou voltar às pressas para a Itália para cuidar dele.
“Luto – Viúva. Tô ausente aqui, desde que voltei às pressas do Brasil para Milão passei todos os dias até o fim cuidando dele, meu marido, pai da minha filha, homem que conheci em 2008 no @imperioserrano e mudou minha vida. Sei que é aniver da minha escola, mas tô sem energia, desculpa. Vida virou de ponta-cabeça, tive que gestir e tenho muitas coisas emocionais e, infelizmente, burocráticas”, começou ela.
Em seguida, Quitéria falou sobre o marido: “Todos sabem que casei, poucos posts antigos. Não exibia porque ele nunca gostou de flash, exposição, dizia: ‘a artista é você’. Aos 57 anos, Francesco Locati lutou. Queria viver. Lutei com ele diariamente no hospital, me pedia desculpas porque não fazia controles médicos (homens se cuidem). Só descobriu o câncer terminal quando não tinha mais saída”, recordou, antes de continuar:
“Era raro, neurointestinal, que, como uma árvore, deu metástase, espalhando pelos nervos e glândulas. Alastrou no corpo. O hospital tentava amenizar a insuportável dor com morfina. E mesmo assim agonizava de dor e eu ali vendo, tentando dar forças, mas sabendo do fim. A dor imensurável, vê-lo sendo devorado por dentro, encolhendo, atrofiando. Doença torturante, nada parava sua dor; as dores, tive que contar para ele (os médicos na Itália não tem preparo para contar o fim, são péssimos na relação com o paciente)”, declarou.
Logo depois, Quitéria revelou como fez para contar para a filha, de 7 anos: “Tive que contar à minha filha, tentando reduzir traumas… Ser psicóloga ajudou, curso que fiz de psicologia, oncologia e cuidados paliativos. Porém, vivenciar é muito além da teoria. Nessa hora, agradeci meus professores da época de faculdade, recorri ao que aprendi e joguei no pior momento da vida”.