Mãe de MC Bin Laden, um dos participantes do BBB24, contou como tirou o cantor das drogas. Mariza Ventura adotou Jefferson Cristian dos Santos Lima, nome de batismo do funkeiro, quando ele tinha 18 anos e estava dormindo numa gravadora. “Não gosto de dizer que ele é adotado. Ele é meu filho!”, disse.

“Conheci um Bin em um dia que fui para a gravadora em que ele dormia. Ele pediu um abraço do nada. Ali me apaixonei por ele como mãe loucamente. Comecei a cuidar dele, a lavar suas roupas e a levar comida que ele não tinha”, continuou em entrevista para a Quem.

Mariza prosseguiu relembrando que o cantor fazia uso de entorpecentes na época: “Um certo dia, cheguei lá e ele estava muito doido de droga. Falei que a partir daquele dia eu ia começar a usar droga com ele e me destruir com ele e os amigos. Ele então disse: ‘Mãe, a partir de hoje, eu nunca mais uso droga!’ Daquele dia em diante, Deus libertou meu filho. Ele começou a conviver com a minha família”.

A matriarca fez questão de salientar que o criou baseada nos princípios cristãos, respeitando sempre o próximo. “Ensinei o Bin a ter caráter, a nunca mexer em nada de ninguém, a não brincar com o sentimento dos outros, a não usar caminhos curtos para chegar onde se quer, a não comprar amizades, a não mentir e a não aceitar os erros das pessoas para ter suas amizades”.

E completou: “Também ensinei o Bin a jamais na vida derrubar ninguém para chegar aonde quer. Além disso, ensinei o princípio de tudo: a fé. Não é sobre religião, mas sobre Deus, que fez o céu e a Terra. Sobre respeitar e amar o seu próximo como a ti mesmo”.

Mariza Ventura finalizou ressaltando que orientou MC Bin Laden a jamais deixar alguém diminui-lo. “Ensinei também ele a nunca deixar que ninguém o humilhasse ou pisasse nele por mais rico e bonito que a pessoa seja. Tem que se valorizar”, encerrou.

A adoção veio num momento delicado do artista. Aos 11 anos, a mãe biológica o colocou para fora de casa. O menino foi morar com o pai, mas descobriu que ambos tentaram abortá-lo e decidiu parar de estudar, aos 16 anos, para trabalhar. Chegou a passar fome, mas encontrou a pastora evangélica, que lhe deu afeto e uma família.