A influenciadora Deolane Bezerra voltou para a cadeia no início da semana e foi transferida da capital de Recife para a penitenciária de Buíque, no Agreste de Pernambuco. Apesar da distância, muitos fãs e seguidores da advogada resolveram acompanhar a famosa e fazer uma “vigília” em frente à prisão. Essas pessoas, porém, podem ser presas a qualquer momento.

A informação é da delegada Maria Corsato. Em 2022, ela foi responsável pelas investigações que levaram a polícia a apreender dois veículos de luxo de Deolane Bezerra na operação “Vale dos Reis“. De acordo com a especialista, as pessoas em frente à penitenciária a quase 300km da capital podem ser detidas por “associação criminosa” caso permaneçam no local.

Ela explicou a situação em um vídeo no Instagram. “Eu tô vendo no Instagram esse pessoal no interior do estado de Pernambuco, em frente a um presídio, fazendo uma baita de uma algazarra, uma bagunça… Gente, em torno de delegacia, quartel, presídio, é área de segurança. Tem um regime legal todo próprio. Então, não dá pra você ficar fazendo bagunça no entorno de área de segurança”, começou a delegada.

Crime inafiançável
“Por enquanto, essa bagunça tá em estágio de contravenção penal, que é o tumulto. Agora, a hora que vier a ordem para sair de lá e esse povo não sair, vai virar desobediência. Considerando que tem três ou mais pessoas no local, isso já vira associação criminosa. Vai todo mundo pra cadeia por crime inafiançável, entendeu? Tá demorando”, encerrou a delegada Maria Corsato.

Nesta quinta-feira (12), o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão confirmou que os fãs na porta da prisão estão sendo pagos pelas irmãs da influencer, Dayanne e Daniele Bezerra. “Vejo, especialmente, como gravíssima a tentativa de mobilizar milhões de pessoas contra uma investigação policial em curso (…) O financiamento de manifestantes, por iniciativa de familiares da paciente [Deolane], para se aglomerarem diante da Colônia Penal Feminina do Recife (Bom Pastor) e realizarem protesto, demonstra a total inconveniência da permanência da paciente em suas instalações, justificando o seu encarceramento em Buíque”, completou.