A Polícia Civil do Estado de Pernambuco suspeita que houve vazamento de informações sobre a operação “Integration”, que na última segunda-feira, 23, deveria cumprir um mandado de prisão expedido pela Justiça, contra o cantor Gusttavo Lima e outros investigados em um suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de jogos de azar ilegais. O mandado de prisão foi expedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, na tarde de segunda-feira, 23, mas o cantor deixou o Brasil entre domingo e segunda, antes que a operação fosse realizada.

Outro investigado na operação, Darwin Henrique da Silva, pai do CEO da empresa Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, fugiu de casa poucas horas antes de a Polícia Civil de Pernambuco deflagrar a operação. Darwin Filho estava preso até esta terça-feira, 24, quando o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal do Recife, acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do empresário, que beneficiou todos os demais presos na operação, incluindo Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra.

De acordo com informações da coluna do jornalista Paulo Cappelli, a polícia civil de Pernambuco suspeita que Gusttavo Lima tenha viajado para os Estados Unidos horas antes de o mandado de prisão contra ele ser expedido, justamente para evitar o cumprimento da prisão preventiva, que foi revogada já na terça-feira.

Quando a operação “Integration” foi deflagrada no início de setembro, ocasião em que Deolane Bezerra e Solange Bezerra foram presas, Gusttavo Lima está na Grécia, comemorando o seu aniversário, na companhia do casal José André Rocha Neto, dono da Vai de Bet, e Aislla Sabrina Rocha, sua esposa e sócia, que tiveram as prisões preventivas decretadas naquela ocasião.

No mandado de prisão expedido na segunda-feira, 23, a magistrada Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, cita que Gusttavo Lima teria facilitado a fuga de José André Rocha Neto e Aislla Sabrina Rocha, e este seria um dos motivos da decretação de sua prisão.