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porto velho, quarta-feira 13 de novembro de 2024
O Ministério Público Federal recebeu denúncia da fisioterapeuta Maria Beatriz, ex-funcionária da empresa Espaço Laser, que tem Xuxa como uma de suas sócias, de que funcionárias teriam sido submetidas a trabalho análogo à escravidão. De acordo com a denúncia feita ao MPF funcionárias foram obrigadas a dormir no chão durante um treinamento da empresa realizado na cidade de São Paulo.
A denunciante afirma que trabalhou na Espaço Laser como aplicadora de laser e que tem conhecimento de centenas de casos de clientes que sofreram queimaduras na pele por conta do uso do laser “Alexandrite”, que de acordo com a profissional é “totalmente proibido para pessoas de pele negra, parda, descendente de asiáticos, bronzeada ou morena um pouco mais pigmentada”, afirmou em sua denúncia.
Além disso, Maria Beatriz ressalta ainda que a aplicação desse tipo de laser pode causar queimaduras de primeiro e até de segundo grau e que a clínica continua utilizando, causando queimaduras no “rosto, testa, pescoço, costas, partes íntimas”. A fisioterapeuta questiona o fato de que mesmo com centenas de casos conhecidos de queimaduras causadas pelo laser “Alexandrite” a empresa continue realizando procedimentos em pessoas cujo tom de pele não é recomendado e o porquê de não trocarem o laser.
A fisioterapeuta ainda choca com a denúncia de trabalho análogo à escravidão, afirmando que durante um treinamento realizado em São Paulo, as funcionárias foram obrigadas a dormir no chão, e que em 2017 a clínica localizada no BH Shopping não tinha encanamento de água e as funcionárias eram obrigadas a carregar baldes de água para que fosse possível o funcionamento da clínica. A denunciante afirma ainda que está sendo processada criminalmente pela Espaço Laser, como forma de tentar intimidá-la, por conta das denúncias que ela fez.