A cantora Perlla, de 35 anos, falou sobre o término de seu casamento. Em vídeos compartilhados a partir do recurso stories do Instagram, ela chamou seu ex-marido, Patrick Abrahão, de ingrato e afirmou que enfrentar a prisão dele e o fim do relacionamento cobrou muito de sua saúde mental.

"[Estou] saindo com a mão vazia e reconstruindo uma nova história. Ouvi que já estava chegando aos 40, com conotação de velha, е tenho saúde! Estou aqui de pé, com saúde e em paz. E, no final, tudo agora é 'ex da Perlla'. Ex e dou palco. Agora vai. Ah, se vai!", disse ela no vídeo, referindo-se a Patrick Abrahão.

Patrick foi preso em outubro de 2022 na Operação La Casa de Papel, que visava desarticular uma organização criminosa especializada em captação de recursos, investimentos, criptomoedas e mineração. Em agosto de 2023, ele foi solto, mas o casamento com Perlla, que passava por crise, chegou ao fim.

"Quase um ano indo visitar, levando comidinha. Saía às cinco da manhã e entrava quase meio-dia para sair quatro horas da tarde. Toda quarta-feira andava um quilômetro. Fiquei andando por quase um ano, entrando e saindo a pé... Vim de comunidade, mas minha mãe nunca precisou pisar em um Bangu [prisão] como eu pisei. Pisei com muito carinho, como companheira e amiga. Fiz de coração. Quem fica, sente -- e muito -- sofre. E como sofre. Mas estive a todo momento. Estive antes, durante e depois. Literalmente na alegria e na tristeza! Mas isso aí falamos em outro momento. Consideração e carinho não se pedem, mas a ingratidão é vista de longe. Tinha que ter escutado, mas sou sempre a que serve".

A cantora ainda lembrou o sofrimento que passou quando o ex foi preso. Sendo uma pessoa pública, ela foi cobrada pela família, pelos amigos e pelos fãs. Sofreu críticas e, segundo ela, visitar Patrick Abrahão na cadeia foi uma experiência traumática, visto que tinha que passar por revista, andar muito e ouvir broncas.

"[Colocava] esse protetorzinho porque, a gente ouvia gritos. Escuto vozes o tempo inteiro. E não são vozes. São gritos bem familiares com relação aos sustos e contratempos. Infelizmente, o que a gente faz, muitas vezes, não tem mesma consideração. A gente só se lembra o que a gente quer. Espero, em nome de Jesus, que eu pare [de tomar remédio] em breve. Estou desde o dia 18 sem tomar remédios para poder me desvincular disso. Hoje, tenho que me desprender de quatro remédios. Não é tão fácil. Dois anos que se passaram e preciso que as coisas passem 100%. Existem traumas e danos irreparáveis", comentou.