Fundado em 11/10/2001
porto velho, sábado 2 de agosto de 2025
O funkeiro Marlon Brendon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pelos crimes de tortura e extorsão mediante sequestro contra seu ex-empresário, Renato Medeiros. A ação judicial, apresentada nesta quinta-feira (31/7), inclui também o pedido de prisão preventiva do artista e outros seis suspeitos, que fazem parte de um grupo de dez investigados.
De acordo com a denúncia, o caso teria ocorrido em 2023, quando Renato foi mantido em cárcere privado por cerca de uma hora e meia. Nesse período, ele teria sido agredido com socos, chutes, queimaduras de cigarro e ferimentos provocados por uma arma improvisada feita com madeira e pregos, aplicada inclusive dentro da orelha. O objetivo seria forçá-lo a confessar o suposto furto de uma joia do cantor — acusação que não foi comprovada.
Laudos médicos anexados ao processo apontam ferimentos visíveis, fraturas e queimaduras. O advogado da vítima afirma que as provas reunidas até o momento sustentam a materialidade dos crimes e justificam a necessidade de prisão preventiva dos envolvidos.
Após a repercussão do caso, MC Poze se manifestou nas redes sociais com um desabafo:
“Não tenho um dia de paz, meu Deus do céu… Eu não mereço isso. Eu só quero viver de boa.”
O cantor negou todas as acusações e disse estar sendo injustamente atacado. Segundo ele, foi vítima de armação e não praticou nenhum tipo de violência contra o ex-empresário.
Esta não é a primeira vez que o nome de Poze aparece em investigações criminais. Em maio deste ano, ele foi preso em sua mansão, no Recreio dos Bandeirantes, sob suspeita de apologia ao tráfico de drogas e associação com o Comando Vermelho. Segundo as autoridades, seus shows eram realizados em áreas dominadas pela facção criminosa e usados como fachada para a comercialização de drogas.
Poze foi liberado no início de junho após obter habeas corpus, mas passou a responder o processo em liberdade com medidas cautelares, como comparecimento mensal à Justiça, entrega de passaporte, proibição de se comunicar com investigados e obrigação de permanecer na comarca do Rio de Janeiro.