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    porto velho, sábado 4 de maio de 2024

Klara Castanho fala pela 1ª vez sobre estupro e enfermeiros que vazaram caso

Segundo a coluna Patrícia Kogut, do jornal O Globo, atriz afirmou acreditar na Justiça


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Publicada em: 03/03/2023 15:48:34 - Atualizado

Quase um ano depois de ver o caso de abuso que sofreu ser exposto, Klara Castanho resolveu falar sobre o assunto pela primeira vez. Segundo a coluna Patrícia Kogut, do jornal ‘O Globo’, a atriz participou do ‘Altas Horas’ especial Mês da Mulher, que vai ao ar no próximo sábado (04), e emocionou quem estava participando da gravação. Também estavam presentes a Ministra dos Povos Originários Sônia Guajajara, a jornalista Sandra Annenberg e a ex-BBB Tina Calambra.

No bate-papo com Serginho Groisman, ainda de acordo com a colunista, Klara revelou seus traumas, fez um desabafo e afirmou acreditar na Justiça: “Foi um período de recolhimento voluntário depois de tudo o que aconteceu no ano passado. Depois que vim a público, de novo, de forma forçada, eu denunciei todos os crimes aos quais fui submetida. Todos, sem nenhuma exceção. E o que me resta neste momento, e ainda bem, é confiar na Justiça e eu confio muito. Não só na Justiça, mas numa justiça maior”, afirmou a jovem.

O apresentador analisou a fala de Klara ao tocar no assunto, que é tão delicado: “Ela falou sobre como foi forçada a expor sua vida privada e fez uma reflexão muito madura sobre as redes sociais. Aquela menina de 22 anos virou uma mulher com fala firme e segura”, afirmou Serginho Groisman em conversa com Patrícia Kogut.

Arquivamento do caso


Após o vazamento de dados médicos sigilosos, que gerou uma onda de notícias particulares suas na imprensa, em junho do ano passado, Klara Castanho ainda precisou ouvir que o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou a investigação sobre seu caso, que tentava descobrir quem foi a enfermeira que teria divulgado sua internação e o motivo dela. O órgão, que começou a verificar o fato após denúncia da própria atriz em suas redes sociais e acabou ganhando as mídias, emitiu um comunicado sobre o assunto, em janeiro deste ano:

“O Coren-SP seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, colhendo depoimentos. Porém as provas analisadas não comprovaram a participação da enfermagem no vazamento das informações. A atriz foi procurada através de sua assessoria para apresentação de sua versão dos fatos, porém não se manifestou”, afirmou a nota, publicada no site do conselho.

No texto, o Coren-SP afirma que iniciou o processo assim que soube do caso pela imprensa. Na ocasião, Klara afirmou que uma enfermeira do hospital onde estava internada a ameaçou de divulgar para jornalistas que a atriz teria dado seu bebê, fruto de um estupro, para adoção. A instituição afirmou, ainda, que “O fato de o processo ter sido arquivado por ausência de provas comprobatórias do envolvimento da enfermagem não significa que o Coren-SP afirme categoricamente que ele não ocorreu. Por isso, permanece à disposição da atriz, caso seja de seu interesse prestar diretamente ao conselho informações que possam complementar as investigações realizadas até o momento”.

E finalizou: “O Coren-SP reitera o seu compromisso com a fiscalização séria do exercício profissional da enfermagem, em defesa irrestrita da ética, contra qualquer tipo de impunidade ou dano à sociedade, pautado, sempre, pelos princípios constitucionais”. Em meio a tantas invasões de privacidade, Klara Castanho ainda teve forças para usar suas redes sociais para agradecer ao apoio que vinha recebendo dos amigos, família e do público:

“Os últimos dias não foram fáceis, mas eu queria vir aqui para agradecer por cada palavra de amor, de afeto e de acolhimento que eu recebi e venho recebendo”, começou ela, antes de continuar: “Obrigada do fundo do meu coração. Eu sei que muitos de vocês estão preocupados comigo, mas quero dizer que estou me cuidando, fazendo acompanhamento psicológico e sigo cercada de profissionais que estão trabalhando para a preservação dos meus direitos”, afirmou.

Até o fechamento dessa nota, Klara Castanho ainda não havia se pronunciado sobre o arquivamento das informações em suas redes sociais. No Twitter, muitos usuários se revoltaram com a decisão do conselho: “É impressionante como as entidades de classe da área da saúde protegem os seus. É bizarro! Eles se matam de estudar, fazem um juramento sobre a vida de outras pessoas e depois se amontoam em entidades de classe para os protegerem ao cometer erros e crimes”, disparou uma. “Intolerável”, resumiu outra. “Que tristeza pqp”, disse uma terceira.



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