O Palmeiras de Abel Ferreira até pode estar à procura de um estilo. Ou, nas palavras do próprio treinador, aquela mistura de conceitos "românticos e pragmáticos" que alimentam discussões sobre o tema. O que ficou - mais uma vez - inquestionável após a decisão da Supercopa contra o Flamengo deste domingo é a força do time alviverde.

Contra um dos seus principais rivais dos últimos anos, considerando termos técnicos, financeiros, de elenco e de ambição esportiva, o Verdão mostrou qualidade e provou que tem condição de continuar competindo em alto nível nos torneios de 2021.

O tempo normal no empate por 2 a 2, em Brasília, teve um desempenho muito bom do time palmeirense. Golaço de Raphael Veiga, boas criações ofensivas, participação importante de Rony, bom volume de jogo no segundo tempo, retorno de Gabriel Veron, segurança de Weverton.

A atuação só não foi melhor porque erros defensivos custaram caro. O primeiro gol do Flamengo nasce de um erro de Luan, e o lance da virada conta com arrancada e drible de Arrascaeta sem muita pressão da marcação palmeirense.

É verdade que Weverton trabalhou bastante, o que tem virado rotina no clube e contribuiu para a decisão ser somente nas penalidades. Mas o rubro-negro Diego Alves também foi protagonista antes mesmo das cobranças que deram aos cariocas o título - ele fez duas ótimas defesas em chutes de Raphael Veiga, um dos principais destaque no Mané Garrincha.

O time do Palmeiras no segundo tempo, com Danilo e Gabriel Menino nos lugares de Felipe Melo e Zé Rafael, teve mais força na marcação e mais chegada ao ataque. Danilo foi bem na defesa, ajudou na criação e merece no mínimo ser cogitado para uma vaga no time titular novamente, mas Gabriel Menino ainda parece distante das atuações que o levaram para a seleção brasileira.