Quase duas semanas depois da invasão da Ucrânia pelas forças militares da Rússia, a Fifa anunciou uma medida que beneficia jogadores e treinadores estrangeiros que atuam nesses países e desejam se mudar por questões de segurança sem prejuízo à carreira: todos esses contratos estão suspensos até o fim da temporada, permitindo transferências de curto período para outros clubes.

Entre os potenciais beneficiários da decisão, está uma verdadeira legião brasileira, capaz de formar quase quatro times. No total, 43 jogadores do país atuam na primeira divisão da Ucrânia (30) e da Rússia (13).

Com 30 atletas nascidos no Brasil atuando na elite do futebol da Ucrânia, incluindo Junior Moraes, naturalizado ucraniano, o país sul-americano, é disparado o que mais tem representante entre os estrangeiros que disputam a primeira divisão: segundo o site Transfermarkt, 95 jogadores de fora da Ucrânia disputam o campeonato local.

Os brasileiros que atuam nos clubes ucranianos procuraram deixar o país nos dias seguintes à invasão, e já há quem estude buscar novos ares, não só por segurança mas também porque o futebol local está paralisado em meio à guerra. Pedrinho, um dos 13 brasileiros do Shakhtar Donetsk, já foi procurado pelo Corinthians, como revelou em entrevista ao ge o empresário do meia-atacante, Will Dantas.

O Palmeiras está de olho em outro atacante do Shakhtar. Trata-se de Fernando, jogador revelado pelo clube, mas que saiu muito cedo para atuar na Ucrânia.

Embora o Campeonato Russo esteja em andamento, o lateral Júnior Alonso teve seu contrato suspenso pelo Krasnodar e já está no Brasil buscando outro time para jogar. O clube russo se antecipou à medida da Fifa e suspendeu o contrato de todos seus jogadores estrangeiros na última quinta-feira.