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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
A Azul cogita fazer uma oferta para comprar a concorrente Gol, que está em recuperação judicial e, por isso, está “barata”. Em um mercado com três grandes aéreas, imaginar a união de duas empresas que teriam quase dois terços do mercado não é nada trivial.
O mercado brasileiro vive uma situação de “triopólio”.
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que as três têm perto de um terço do mercado. Em 2023, a Latam liderou com 38,7% dos passageiros domésticos, a Gol veio em seguida com 33,3% do mercado e a Azul somou 27,5%.
Em outras palavras, juntas, Azul e Gol teriam mais de 60% dos passageiros brasileiros.
Apesar de tamanhos comparáveis, a presença das aéreas nos aeroportos é bem diferente. Em terminais concorridos como Congonhas e Guarulhos, ambos em São Paulo, ter slots — horário de pouso e decolagem — é ouro.
E, nesse quesito, a Gol é bem maior que a Azul nos dois casos. Em Congonhas, a Gol tem quase três vezes mais slots que a Azul. E, em Guarulhos, a vantagem chega a quase quatro vezes.
A Gol também tem mais operações em Brasília e no Galeão, no Rio de Janeiro.