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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
PORTO VELHO, RO: Um estudo recente realizado pelo Instituto Trata Brasil revelou que Porto Velho, capital de Rondônia, ocupa a posição mais desfavorável no ranking nacional de saneamento básico, entre as 100 maiores cidades do Brasil. Apenas 9,89% da população possui acesso ao tratamento de esgoto, enquanto mais da metade dos residentes vive sem água tratada.
Os dados são alarmantes: apenas 1,71% do esgoto é tratado na cidade, com uma taxa de perdas na distribuição de água atingindo 77,32%. Além disso, o investimento médio anual por habitante nos últimos anos foi de apenas R$ 37,47, o que representa mais de 70% abaixo do necessário para atingir a universalização do saneamento básico.
Em uma década, Porto Velho permaneceu consistentemente entre as piores posições do ranking, evidenciando a persistência do problema ao longo dos anos. O município enfrenta desafios significativos no que diz respeito ao saneamento, com um crescimento relativamente modesto na coleta de esgoto, aumentando apenas 4,73 pontos percentuais em um ano.
As estatísticas revelam a gravidade da situação: Porto Velho se encontra na última colocação em todas as categorias relacionadas ao saneamento básico, desde o acesso à água potável até o volume de esgoto tratado em relação ao consumo de água. Essa realidade coloca a cidade em séria defasagem em relação às metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico, que visa garantir acesso universal à água potável e serviços de esgoto até 2033.
A urgência de medidas eficazes e investimentos substanciais se faz evidente diante desse cenário preocupante. Enquanto outras cidades avançam em direção à universalização do saneamento básico, Porto Velho enfrenta um desafio persistente que demanda atenção prioritária e ação coordenada por parte das autoridades locais e governamentais.
Posição no Ranking nos últimos dez anos
Ano | Posição |
2015 | 100° |
2016 | 99° |
2017 | 97° |
2018 | 100° |
2019 | 100° |
2020 | 99° |
2021 | 99° |
2022 | 99° |
2023 | 98° |
2024 | 100° |
Fonte: Instituto Trata Brasil