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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: Apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo recebeu nessa quinta-feira (13), o professor e historiador, Beto Reis, para falar sobre o período de festas juninas em Rondônia.
De acordo com Beto Reis, essa cultura de festas no mês de junho cresceu em Rondônia por conta da forte influência dada pelos imigrantes nordestinos em vários períodos da nossa história, quadrilha e boi bumbá são dois exemplos.
“Nós temos algo muito forte trazido pelo processo de colonização nordestina, nós temos a quadrilha e o boi bumbá, que foram trazidos para cá e depois tiveram algumas adaptações”, explanou Beto Reis.
Com origem em eventos da nobreza do império francês na idade média, as quadrilhas juninas se misturaram com a cultura portuguesa e se miscigenaram em algo brasileiro, mas com fortes traços dessas nações.
“Algumas palavras que são faladas na quadrilha são de derivações francesas, como por exemplo o “anarriê”, outras palavras foram sendo traduzidas para o português, como “o olha a chuva”, transformado nessas festas que temos atualmente”, disse Beto Reis.
Segundo o professor Beto Reis, os personagens representados na quadrilha como o padre, delegado, noiva, lampião, entre outros, são símbolos de um evento que se foram moldando ao logo do tempo.
“A quadrilha tem a figura do lampião, da Maria Bonita, o preto velho, sempre trazendo figuras populares, inclusive o delegado, que na história existe para não deixar que o noivo fuja do casamento”, falou Beto Reis.
O professor Beto Reis ainda explanou sobre o projeto que ele desenvolve com estudantes, onde ensina a história patrimonial de pontos históricos do Estado.
“Eu tenho um projeto chamado Educação Patrimonial que a gente trabalha com o lado da cultura material e imaterial do estado de Rondônia, onde mostramos o valor da nossa história”, finalizou Beto Reis.