PORTO VELHO-RO: O bairro Cai N’Água, localizado no centro de Porto Velho, há muito tempo se tornou um símbolo do abandono e da negligência pública. Conhecido como o "portal da imundície portovelhense", a situação precária do bairro se reflete em uma série de problemas que têm atormentado os moradores e comerciantes locais.

A violência é uma realidade quase diária no Cai N’Água, com relatos frequentes de crimes brutais, incluindo assassinatos por facadas e tiros, que aterrorizam a comunidade. Os moradores vivem com medo constante, enquanto a sensação de insegurança cresce a cada dia, em um cenário onde a lei e a ordem parecem ausentes.

Além da violência, o bairro sofre com graves problemas de infraestrutura. O esgoto a céu aberto é uma visão comum, espalhando mau cheiro e doenças pela região. A sujeira se acumula nas ruas, e o matagal toma conta de áreas que deveriam ser bem cuidadas. Essa situação não apenas afeta a qualidade de vida dos residentes, mas também afasta visitantes e desvaloriza ainda mais a área.

O Mercado do Pescado, que deveria ser um ponto de comércio ativo e um símbolo da cultura local, é hoje um reflexo do próprio abandono. Boxes vazios e fechados e  banheiros  insuportáveis, mostram o desinteresse das autoridades em revitalizar o espaço, deixando tanto comerciantes quanto consumidores desamparados. O que poderia ser um local de encontro e geração de renda transformou-se em um triste retrato da decadência.

Diante desse cenário, a população do Cai N’Água clama por socorro. Os moradores pedem, urgentemente, a intervenção das autoridades para reverter a situação. Eles querem mais segurança, melhorias na infraestrutura, e a revitalização de espaços públicos que, no passado, trouxeram vida e dinamismo ao bairro.

Enquanto o Cai N’Água continua a se deteriorar, a esperança dos moradores recai sobre as promessas de campanha dos candidatos à prefeitura de Porto Velho. A expectativa é que o próximo gestor municipal tenha a coragem e a determinação de transformar esse "portal da imundície" em um bairro seguro e digno para seus habitantes. A comunidade aguarda por ações concretas e efetivas que possam resgatar o bairro de seu atual estado de abandono.