PORTO VELHO-RO: Porto Velho está enfrentando um aumento preocupante nas internações por doenças gastrointestinais, sobrecarregando tanto hospitais particulares quanto as UPAS  municipais.

Especialistas alertam que, além das doenças comuns, há um número crescente de casos de câncer no estômago, o que tem gerado grande preocupação entre as famílias da região. Muitos desses pacientes estão sendo tratados no Hospital de Amor, onde a dor e o sofrimento são palpáveis.

Outro fato alarmante é a alta incidência de infecções por Helicobacter pylori (H.P.), um contaminante microbiológico frequentemente encontrado na água. Esse patógeno é conhecido por ser o principal causador de diversas doenças gástricas, incluindo úlceras e câncer de estômago. Diversas biópsias realizadas em pacientes com queixas gástricas na cidade confirmaram a presença desse agente infeccioso.

Apesar da gravidade da situação, até o momento, as autoridades de saúde do estado não têm demonstrado a atenção necessária para enfrentar o problema. Além disso, o Instituto de Pesos e Medidas de Porto Velho (IPEM) tem sido criticado por seu aparente silêncio em relação à falta de fiscalização nas distribuidoras de água em garrafões de cinco litros, que operam sem controle rigoroso da qualidade da água que fornecem.

Esse cenário aponta para uma crise de saúde pública que exige ações imediatas para garantir a segurança da água consumida pela população e para combater a proliferação de doenças graves relacionadas à sua contaminação.