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porto velho, segunda-feira 7 de julho de 2025
PORTO VELHO – RO - Notícias de superlotação no Hospital de Base de Porto Velho, sempre foram corriqueiras. Mas atualmente, e com o advento da pandemia, a situação ficou muito mais caótica, com pacientes, acompanhantes, espalhados, sem leito, em corredores, em colchões, e colchonetes improvisados, pelas alas da Unidade de Saúde.
O diretor do HB, Enoque do Carmo, disse que entende a situação, e que não mede esforços para tentar solucionar problemas urgentes encontrados. “O problema também é de infraestrutura e quantitativo de pessoal, que temos a menos para melhorar a assistência”, disse.
RECLAMAÇÕES CONSTANTES:
A reclamação dos usuários é pontual. A demora nos encaminhamentos para a realização de tomografias que, segundo pacientes, tem que esperar para realizar o exame mais de uma semana, além da falta de acomodações, adequadas. Segundo levantamento recente, o HB opera com 120 leitos, e tem 190 pacientes para serem atendidos.
DEMORA NO ATENDIMENTO:
Sobre a demora para realizar exames, o diretor rebate críticas, alegando que os mesmos estão sendo feitos por enquanto por uma empresa terceirizada, mas desmente, que a demora seja superior a sete dias para a entrega dos laudos. “Temos que ver que este não é um simples exame, e realmente é demorado. É complicado sua realização, mas a dizer que demora mais se uma semana, não é verdade”, enfatizou.
Ainda de acordo com Enoque, um aparelho tomógrafo foi cedido pelo Hospital João Paulo, e os novos, que foram comprados, ainda estão sendo instalados. “Uma empresa está fazendo isso. Mas não é do dia para o outro, e na quarta-feira, 20, ou até quinta-feira, as máquinas estão prontas para funcionamento”, disse.
Também explicou, que mesmo assim, o atendimento está assegurado, e o paciente que precisar de tomografia, vai realizar fora do hospital, numa empresa contratada para suprir a falta de tomógrafos por estes dias.
Atualmente o HB conta com três salas de cirurgias para atender a população.
Superlotação
Sobre denúncias de pacientes atendidos e alocados nos corredores do HB, ele disse que a estrutura do hospital há muito está defasada, e está funcionando com a capacidade de 120 leitos, mas hoje mesmo há 190 pacientes para internação. “Os demais terão que serem transferidos para outras unidades, e isso é o que causa o inchaço no atendimento, e improvisação para acolher o doente, ou acidentado, no hospital”, argumentou.
O problema da falta de estrutura é ressaltado pelo diretor, e confirmado pelos pacientes que estão, sendo atendidos literalmente, no chão.
Enoque ainda reclama que a situação é crônica, já que o hospital da capital é referência para a população que precisa de assistência, e que vem de lugares remotos, de estados vizinhos, como Acre, Amazonas, e de países fronteiriços como a Bolívia. “Essa situação ainda causa mais inchaço populacional no que se refere atendimento de saúde”, explicou.