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porto velho, terça-feira 15 de julho de 2025
BRASIL: A Associação dos Servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Univisa) divulgou, nesta sexta-feira (17/12), uma nota de repúdio às tentativas de intimidação aos servidores do órgão federal após a aprovação da vacina contra a Covid para crianças de 5 a 11 anos de idade.
Na noite de quinta-feira (16/12), horas após a Anvisa liberar a vacinação em crianças, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que pediria, extraoficialmente, os nomes dos servidores que participaram da decisão.
O presidente também afirmou que gostaria de divulgar a identidade dos servidores participantes do processo de análise.
“A Anvisa não está subordinada a mim – deixar bem claro isso. Não interfiro lá. Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e, obviamente, formem o seu juízo”, discursou Bolsonaro.
Em nota, a Univisa afirmou que a intenção de divulgar a identidade dos envolvidos na análise técnica “não traz consigo qualquer interesse republicano”. Os servidores acusaram o presidente Bolsonaro de praticar retaliação e defendem que a publicação de dados pessoais pode colocar em risco a “vida e a integridade física” dos trabalhadores.
“[A fala de Bolsonaro] mostra-se como ameaça de retaliação que, não encontrando meios institucionais para fazê-lo, vale-se da incitação ao cidadão, método abertamente fascista e cujos resultados podem ser trágicos e violentos, colocando em risco a vida e a integridade física de servidores da agência. Uma atitude que demonstra desprezo pelos princípios constitucionais da Administração Pública, pelas decisões técnicas da agência e pela vida dos seus servidores”, divulgou a organização, em publicação nas redes sociais.