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Estudo confirma vantagens de dose de reforço diferente em quem tomou Coronavac

Pesquisadora Sue Ann Clemens apresentou resultados de pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde


uol

Publicada em: 17/12/2021 16:43:08 - Atualizado

A pesquisadora Sue Ann Clemens disse nesta sexta (17) que um estudo conduzido no Brasil confirma a decisão do Ministério da Saúde de aplicar uma dose de reforço de vacina diferente em quem tomou Coronavac.

Clemens foi apresentada pelo Ministério da Saúde no fim de julho como coordenadora de um estudo inédito para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacina em quem tomou Coronavac (e apenas Coronavac). Na época do anúncio, a AstraZeneca já era a vacina mais aplicada no Brasil, com a Coronavac em segundo lugar.

O estudo foi anunciado com a participação de 1.200 pessoas que haviam tomado a 2ª dose da Coronavac há pelo menos seis meses. Elas foram distribuídas em quatro grupos diferentes: cada uma tomou como dose de reforço uma vacina distribuída no Brasil (AstraZeneca, Janssen, Pfizer ou uma terceira dose de Coronavac).

“Focando agora nos resultados dos anticorpos neutralizantes, cerca de 80% dos indivíduos do estudo não apresentavam anticorpos neutralizantes detectáveis para as cepas circulantes no Brasil, as cepas Delta e Gama”, disse Clemens, em pronunciamento à imprensa transmitido pelo canal do Ministério da Saúde no YouTube.

“Foi aplicada então uma dose de reforço. 28 dias depois nós coletamos sangue. E o que nós verificamos? Nós observamos que todas as vacinas estimularam o sistema imune. Então nós verificamos um aumento do título de anticorpos total, e um aumento do título de anticorpos neutralizantes. Entretanto, há diferença nesses resultados mediante os diferentes grupos das vacinas. As vacinas da AstraZeneca, Janssen e Pfizer induziram a formação de anticorpos neutralizantes em adultos e idosos. A vacina Coronavac induziu a formação de anticorpos em apenas dois terços dos idosos”, acrescentou.


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