PORTO VELHO - RO - Uma das três empresas particulares, contratadas pelo Governo de Rondônia para o mutirão oftalmológico, confirmou que 39 dos 42 pacientes infectados por endoftalmite, foram operados pela sua equipe. a informação foi divulgada no portal UOL.

Segundo a Proativa Oftalmologia, os atendimentos aconteceram em um hospital particular, em salas exclusivas para a ação que resultou em 1.052 cirurgias de catarata.

A instituição até então, mantida em segredo pelo Conselho Regional de Medicina e pela Secretaria de Saúde, afirma que todos os protocolos de segurança foram estabelecidos, aos pacientes, principalmente os exames pré cirúrgicos.

O laudo que vai investigar as responsabilidades pela “possível falha na prestação de serviço devem ser divulgados nos próximos dias.

Desde que foi lançado o Governo do Estado já realizou mais de 16 mil cirurgias oftalmológicas nos municípios, sendo em Porto Velho, 10.500 mil cirurgias.

Sobre o assunto, durante entrevista ao Programa a Voz do Povo da Rádio Caiari,103,1., o advogado Caetano Neto, achou estranho o silêncio das autoridades. “Se nos próximos dias, não houver uma manifestação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), irei provocar por expediente para que no conselho se manifeste. Essa é uma questão extremamente grave e que envolve toda a coletividade”, afirmou.

É esquisito que o Governo faça mutirões somente em época de campanha, explica o advogado. “Eu visitei um paciente no cone sul, que teve complicações cirúrgicas e ele afirmou que não está sendo acompanhado pelo estado e que os médicos particulares se recursam atender. Um verdadeiro horror. Exigimos da OAB providências, porque isso é um crime”, mencionou.

Bastante irritado, Neto dirigiu também o foco das suas críticas ao secretário de estado da Saúde. "O secretário Fernando Máximo deveria estar preso. Aliás, ele está no cargo porque uma pessoa de sua família é parente do governador. E arrematou: Máximo vive de fazer promoção pessoal para se candidatar a um cargo político"

Caetano também cobrou uma ação imediata do Ministério Público. "Quero aqui, me dirigir aos membros do "Parquet", e pedir que interfiram rapidamente nessa questão. Quais os critérios para contratar essa empresa de fora. O valor do Contrato e a responsabilização, além da suspensão de outras cirurgias que esses médicos farão, uma vez que eles podem ter quebrado os protocolos médicos da espécie".

Neto, por fim, chamou atenção do Conselho Regional de Medicina. "O Cremero é no mínimo omisso diante de sua situação escabrosa como esta. Será que o espírito de corpo vai permitir passar as mãos na cabeça dos colegas que pisaram na bola", esbravejou.