PORTO VELHO, RO - As razões podem ser bem diferentes, porém muito mais gente do que se imagina já teve uma intenção em comum em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida.
Somente nos três primeiros meses de 2022, Porto Velho registrou 16 casos de suicídio de acordo com informações contidas no observatório estadual de segurança publicada Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec).

Em todo o estado foram 62 casos. A capital lidera o ranking seguido de Ji-paraná com 7, seguido dos municípios de Machadinho d’ Oeste, Jaru, Pimenta Bueno, Rolim de Moura com 4 casos .
Já Ariquemes, Espigão d’ Oeste e Vilhena aparece na lista com 3 casos e Alta floresta com 2.

No Brasil, no ano passado estatísticas apontam que aconteceu uma morte por suicídio a cada 45 minutos, mas para cada morte temos outras 20 tentativas. Os números são altos e preocupantes.
Outro dado apontado é o que 4% dos adolescentes brasileiros apresentam sinais depressivos e 1 a cada 4 crianças já apresentou indícios da doença.

De acordo com o psiquiatra Fernando Fernandes do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, banalizar o suicídio e considerá-lo algo normal não é a abordagem correta, uma vez que isso pode ser interpretado como um ato natural e de livre arbítrio.
Ele menciona que se a pessoa refletir sobre suas angústias pode fazer com que ela encontre uma saída irreversível. Além disso, o assunto nunca deve ser enaltecido ou tratado como uma ação heroica.
"O suicídio sempre deve ser falado com muita responsabilidade. É preciso falar sobre as formas de prevenção e mostrar quais são os sinais que merecem atenção para que os amigos e familiares possam promover o acolhimento e a pessoa ter a ajuda que precisa", explicou o psiquiatra.