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porto velho, segunda-feira 22 de setembro de 2025
Desde o início da pandemia de Covid-19, o número de profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu mais de 20%. De 2.376.847 especialistas em fevereiro de 2019, o total foi para 2.876.430 no mesmo mês deste ano, segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
Vários desses profissionais foram contratados para atender a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin). O fim do regime dentro de 30 dias, após a portaria assinada pelo governo federal na sexta-feira (22), levantou a preocupação sobre o que acontecerá com médicos, enfermeiros, técnicos.
Por meio de nota, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) orientou que os estados vinculem suas normas à declaração de emergência de saúde pública internacional, decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o conselho, que defendia um período de 90 dias para adaptação, o objetivo é garantir a continuidade dos serviços.
O presidente do Conass, Nésio Fernandes de Medeiros Junior, confirmou que o crescimento das equipes da rede pública está relacionado às necessidades impostas pela disseminação do coronavírus.
No Espírito Santo, Medeiros Junior contou que eram 630 leitos da rede pública e filantrópica antes da pandemia. Hoje, são 1.250. O número de profissionais acompanhou a expansão para dar conta da demanda, a partir da admissão facilitada pela Espin. No estado, por exemplo, são cerca de mil contratos de serviços vinculados à emergência.
“O tamanho do sistema hoje é outro, a quantidade de pessoas, uma série de normas vinculadas não estão totalmente ajustadas. Eu não preciso submeter toda a máquina pública a uma pressa administrativa. Os estados e municípios são autônomos para manterem o estado de emergência. Uma esfera federal, que tem a função de coordenar, quando ela retira uma norma que respalda, ela atrapalha”, criticou Medeiros Junior.