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porto velho, sábado 20 de setembro de 2025
RONDÔNIA - Rondônia continua com o maior aumento no número de assassinatos do país. É o que revelou o novo levantamento do Monitor da Violência, índice nacional de homicídios criado pelo g1, divulgado nesta sexta-feira (2).
Entre janeiro e setembro deste ano, o estado registrou 401 mortes violentas, que inclui homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. Já nos nove meses do ano passado foram 312 assassinatos.
Segundo o Monitor da Violência, o aumento de mortes violentas corresponde a 29% em nove meses. Na contramão, o Amapá, outro estado da Amazônia, registrou queda de 34% no número de assassinatos.
Os dados de 2022 também colocam Rondônia entre os sete com maiores taxas de mortes por 100 mil habitantes de cada estado. Veja o ranking abaixo:
O Monitor da Violência já indicava aumento de mortes violentas no estado desde o primeiro trimestre do ano. Entre janeiro e março, o aumento de assassinatos foi de 48%.
No balanço semestral, o governo de Rondônia afirmou que "vem adotando medidas necessárias para reduzir o índice de violência, a exemplo de operações policiais integradas". Contatado novamente para avaliar o balanço de nove meses, o governo não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.
O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do g1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A ferramenta criada pelo g1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
Jornalistas do g1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Os dados coletados mês a mês pelo g1 não incluem as mortes em decorrência de intervenção policial. Isso porque há uma dificuldade maior em obter esses dados em tempo real e de forma sistemática com os governos estaduais. O balanço fechado do ano de 2021 foi publicado em maio.